terça-feira, 23 de novembro de 2010

por: Elymara G.

(...) Tantas vezes acordei olhando para todas as paredes vazias ao meu redor.. abria e fechava os meus olhos e só conseguia ver um rosto, o que parecia me sufocar, e eu sabia que a única forma de apagar aquele rosto da minha memória seria quando eu adormecesse para sempre, quando eu parasse de respirar, cada suspiro que eu dava me sufocava, e a cada dia que passava era mais difícil de respirar sem ele, eu não o tinha mais, naquele momento só me restava a saudade.. E ainda assim era apenas por ele que o meu coração batia, e eu não esperava que ninguém entendesse o que eu sentia, pois eu sabia que nunca entenderiam, só quem sente sabe, e eu sabia que ninguém sentia, não daquele jeito.. Sentia saudades até do que nunca existiu, consegue entender isso? Me sinto presa as coisas que não existiram, eu quis mais, eu quero mais e eu sempre vou querer, eu não tive o suficiente e talvez seja isso o que me condena, o que me condena a ele.

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